quinta-feira, 23 de abril de 2015

"FUI PRESO POR ROUBAR MEU PRÓPRIO CARRO", DIZ PEDRO AFONSO, ESTUDANTE DE POLÍTICAS PÚBLICAS DA UFMG


Os preconceitos infiltram-se no tecido social, tal como a água subterrânea se infiltra nos poros das rochas. Eles estão nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, nas universidades, nas festas, nas igrejas, em nossas casa, dentro de nós, causando tristeza, depressão, angústia, perda de autoestima, redução da autoconfiança, sofrimentos, conflitos inter(pessoais) e guerras inter(nacionais), (Joaquina Lacerda Leite, LESBECAUSE. 2011).

Era 19h de segunda-feira, dia 30/03, quando cheguei à Faculdade de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Minas Gerais, onde sou aluno. Ao trancar o meu carro, fui abordado por uma viatura da PM. “O que você está fazendo aí?”. Respondi que era trabalhador. Um sargento e um cabo, ambos da 124a. cia, do 22o BPM, saíram com armas em punho: “mão na cabeça, vagabundo, e cala a sua boca”. “Conheço meus direitos, não podem me abordar dessa forma e já vou fazer uma representação contra vocês na corregedoria”, argumentei. Foi o suficiente para que a truculência aumentasse. Com violência, me algemaram. Em minha volta, colegas, professores e vizinhos começaram a protestar. Senti medo, vergonha e indignação. As pessoas que me defendiam também eram ameaçadas e coagidas a não registrar o que estava ocorrendo. Me jogaram no carro.

Dentro da viatura, argumentei que eles deveriam ter averiguado se o carro era ou não meu, uma vez que a acusação era que eu estava roubando o veículo. Decidiram voltar. Exigi que houvessem testemunhas, com medo de que plantassem alguma coisa no meu carro. Neste momento, já se formava um grupo significativo em torno da ação e os policiais pediram reforço de outra viatura. As ameaças de prender a quem se opusesse aumentavam. O tempo inteiro eu estava algemado, ainda que em nenhum momento tinha resistido fisicamente à prisão. Queriam me humilhar, constranger. Conseguiram.
Disseram aos meus amigos que me levariam para a delegacia da rua Pouso Alegre, mas me levaram para uma delegacia no Coração Eucarístico. Lá, um tenente apareceu e tirou uma foto minha em seu celular. “Essa é para meu registro pessoal”, ele disse em tom ameaçador. No boletim de ocorrência, fui acusado de desacato à autoridade, desobediência e resistência. Tentaram sair com a minha mochila da delegacia. Queriam revistá-la, novamente, longe de mim.
Quando estava na viatura, ouvi do sargento: “você vai pagar umas cestas básicas para aprender o que é polícia”. No momento, me calei. Agora, respondo:
Eu, como a maioria dos negros e negras deste país, sei muito bem o que é polícia. Fui preso, constrangido, humilhado, machucado porque sou negro. Porque, sendo negro, ousei ter um carro, dirigi-lo e me recusar a pedir desculpas por isso. Porque, sendo negro, me recusei a ser suspeito, a tomar um esculacho sem protestar. Eu tenho possibilidade de vir aqui, de reverberar essa violência, de ter os docentes da minha faculdade posicionando-se a meu favor, de ter o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogado do Brasil. A grande maioria dos jovens negros deste país, negros, pobres e periféricos, pouco podem fazer contra a violação sistemática de seus corpos, integridade e dignidade. Ainda assim, somos irmãos de cor e sabemos, muito bem, desde muito cedo, da pior maneira possível, o que é polícia. 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A ESCRITORA NÉLIDA PIÑON EM ENTREVISTA NO RODA VIVA

Grande escritora brasileira, ganhadora de inúmeros prêmios, autora de mais de vinte livros e já presidiu a Academia Brasileira de letra, sendo a primeira mulher no mundo a dirigir uma entidade semelhante.






quarta-feira, 15 de abril de 2015

DEBATE SOBRE TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO



"Esse processo de terceirização no Brasil só serve para aumentar os lucros das empresas e prejuízos aos trabalhadores" diz militante sindical Edson Carneiro Índio




terça-feira, 14 de abril de 2015

IR PARA AS RUAS LEVANTAR BANDEIRAS PARTIDÁRIAS E PEDIR INTERVENÇÃO MILITAR, ISSO É INSANIDADE

Imagem: BBC Brasil

Esse jovem segurando esse cartaz segundo imagens da BBC Brasil, é para me um motivo de alegria, pois ele relata bem a situação em que se encontra o nosso país atualmente. Agora ir para as ruas levantar bandeiras partidárias e pedir intervenção militar, isso é insanidade. Isso é o que vimos nos últimos dias pessoas indo para as ruas pedirem por melhorias na administração pública, um basta contra a corrupção, o impeachment da presidente e a intervenção militar.
Analisando o cartaz da pessoa na foto fica bem evidente o que ele quis dizer com esses símbolos partidários, mediáticos e e esportivo:


  • PT, PMDB, PSDB e etc, podemos se dizer que a bomba deu o seu bum nos mandatos do PT, com o seu acervo de corrupção espalhado pelo país, mas entretanto a corrupção sempre existiu na politica brasileira, não a um partido que possa atirar a primeira pedra um no outro, pois todos ao meu ver são iguais com demandas e interesses diferentes, o que podemos fazer é analisar qual o menos pior que o outro. Como podemos saí nas ruas pedindo melhorias para o nosso país erguendo bandeiras partidárias ou incentivados pelos mesmos?
  • Nas ruas tinham pessoas vestida acamisa da CBF, um absurdo isso, pois a mesma tem seus interesses próprios, e na mesma já houve vários casos de corrupção.
  • E por último os meios midiáticos, pois hoje sabemos que a mídia em nosso país não é regularizada, e e os meios de comunicação usam e abusam dessa liberdade para fazerem a população brasileira ouvirem a verem a acreditarem naquilo que convém as mesmas. Um exemplo disso é a senhora dona Rede Globo, que desde da ditadura militar passa mel da boca dos brasileiros distorcendo os fatos do autoritarismo militar, escondendo e maquiando as inúmeras violências sofridas por aquele contra o regime militar. Enquanto o senhor marinho erguia o seu império globista fazendo propaganda para o governo.
Nessa luta de interesses pluralizados é preciso que fiquemos atentos a essas e outras questões do nosso país, uma vez que comemos, vestimos, pensamos e compramos de acordo com nossos meios midiáticos, pois uma pequena parcela detêm o poder sobre esses meios. Outro fator importante também a ser ressaltar aqui é o impeachment da presidente Dilma Roussef, uma vez que a população parece que esquece que o nosso país não é sustentado somente pelo presidente, é preciso elencarmos os três poderes que rege o nosso país, o executivo (presidente, governador e o prefeito), o legislativo ( deputados, senadores e vereadores), judiciário ( juízes, desembargadores, supremo tribunal federal), é preciso que esses três poderes caminhem juntos e pensem juntos. é necessários que nas próximas eleições escolhamos melhor nossos senadores e deputados também. Sejamos realistas e questionadores e pesquisadores, para investigarmos os reais interesses de cada um desses fatores nessa novela chamada Brasil


Qual o interesse da mídia, dos partidos, da oposição, do empresariado, das religiões ? Qual o meu qual o seu interesse?
Não podemos saí por aí feitos ovelhas, seguindo qualquer pastor.