A população brasileira precisa de mais senso crítico e menos achismo. Influenciados pelos meios midiáticos, grande parte da população acha que tirando o PT que aparentemente está no poder os problemas que o país esta passando acabará como num passe de mágica, insanidade achar tal conceito válido. Enquanto os partidos ficam numa guerra pelo alcance de poder, os mesmos não fazem nada e nem planejam nada para a melhoria da sociedade em geral. Vejamos a entrevista do Diretor de redação da Carta Capital, Minos Carta e uma matéria do mesmo falando do atual cenário político brasileiro:
"A crise econômica oferece à casa-grande a oportunidade de impor sua vontade, favorecida pela leniência de quem haveria de resistir. E está claro que, antes deeconômica, a questão é política e social, e diz respeito à estrutura medieval da sociedade nativa. Sofre de miopia quem supõe, do ponto de vista político, que tudo se resuma na disputa do poder entre PT ePSDB, acirrada por níveis de ódio nunca dantes navegados, enquanto PMDB ora assiste de camarote, ora joga lenha na fogueira. Que o diga o vice Temer ao vaticinar impávido que Dilma, de tão impopular, não resiste até o fim do mandato.
Quem não precisa de oculista, percebe, isto sim, que o País é sempre o mesmo e que a situação propicia à casa-grande a oportunidade da revanche depois de 12 anos de batalhas perdidas. O ódio, aquecido pela chance, é o de classe. Ou seja, o de sempre. Na moldura, a chantagem evidente. Dilma fica, vinga, porém, o receituário neoliberal, e o sofrimento da senzala, minorado ao longo de três mandatos petistas, volta a ser aquele que lhe cabe na visão dos senhores.
Programas implementados por Lula, e por Dilma no seu primeiro mandato, responsáveis pela evolução das classes menos favorecidas, ou melhor, miseráveis, são atacados de rijo, a ponto de questionar, paradoxalmente, a razão de ser de um partido dito dos trabalhadores, a se apresentar na origem como de esquerda. Tentativas de escapar ao retorno, do passado, são frustradas no nascedouro, tanto mais agora que uma das agências de rating escaladas pelo neoliberalismo para arbitrar a sorte do mundo sentencia o Brasil como mau pagador.
A primeira diz respeito ao governo. Da Nação ou da minoria? Ou simplesmente desarmado, acuado pela pressão e incapaz de reação? Ou inadequado à gravidade do momento? Ou súcubo da prepotência da casa-grande? CartaCapital sempre defenderá o legítimo, intocável mandato de Dilma Rousseff contra o golpismo que nem me abalo a definir como reacionário, pois anterior à ideia de reação, bem mais moderna, digamos assim.
A segunda conclusão decorre da primeira, e não leva em conta o confronto entre PSDB e PT, ambos traidores, a seu modo, dos princípios e valores que diziam defender. Cabe dividir os brasileiros, não direi em duas classes, e sim em duas categorias. De um lado, aqueles que só cogitam da felicidade própria e dos seus pares, fechados no mundo do privilégio. Do outro, aqueles que se percebem responsáveis pelo destino do País e da Nação, e enxergam sua terra como sua casa e como iguais os conterrâneos, próximos ou distantes".
Veja a matéria completa em Carta Capital - Ódio? Sim, de classe
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