Descarte
O descarte correto
dos resíduos sólidos é fundamental para o processo da reciclagem e para evitar
uma série de prejuízos ao meio ambiente e à população, como a poluição visual,
do solo, do ar e do lençol freático, além de danos à saúde humana.
“Dependendo do método utilizado, o material
deixa de ser resíduo e passa a ser rejeito. Dessa forma, não pode mais ser
reaproveitado”, disse o diretor-substituto da Secretaria de Recursos Hídricos e
Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ronaldo Hipólito.
Segundo o Panorama
dos Resíduos Sólidos no Brasil, elaborado pela Associação Brasileira de
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 6,7 milhões de
toneladas de resíduos sólidos urbanos tiveram destino impróprio no País em
2010. Na comparação com 2009, houve aumento de 6,8% na geração desse tipo de
resíduo.
A reciclagem
movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano, mas o Brasil ainda perde outros R$ 8
bilhões por não reaproveitar os resíduos que são destinados aos lixões ou
aterros controlados. Cerca de 70% das cidades brasileiras descartam o lixo
dessa forma.
A separação dos
resíduos é mais simples do que se imagina. É essencial separar os secos
(plásticos, vidros, papelão, etc.) dos úmidos (orgânicos, como resto de
comida). “Se os resíduos são misturados, em geral, apenas 1% pode ser
reciclado. Se há a separação correta, obtemos 70% de reaproveitamento ou mais”,
explica a diretora-executiva da Brasil Ambiental, Marialva Lyra.
A empresa que ela
atua recolhe resíduos industriais, domiciliares, de aeroportos e portos e
transforma em novos materiais. Estes, por sua vez, retornam para a sociedade
como doações para atividades sociais.
A Brasil Ambiental
faz parte do Grupo Ambipar, que oferece soluções na gestão de resíduos há cerca
de 100 anos. Outra empresa do grupo, a Descarte Certo, é voltada apenas para a
destinação correta de lixo eletrônico.
Esse também é o ramo
de atuação das 4 mil instituições cadastradas no E-lixo Maps, serviço
desenvolvido pelo Instituto Sergio
Motta que cadastra e mapeia as organizações que reciclam lixo
eletrônico. “A meta inicial era a cidade de São Paulo. Em função das inúmeras
demandas, a pesquisa para cadastramento foi ampliada para todo Brasil”,
explicou a coordenadora de produção da iniciativa, Aline Minharro Gambin.
De acordo com uma estimativa da Organização das Nações Unidas, os brasileiros produzem cerca de 360 mil toneladas de lixo tecnológico (TVs, computadores, celulares etc.).
De acordo com uma estimativa da Organização das Nações Unidas, os brasileiros produzem cerca de 360 mil toneladas de lixo tecnológico (TVs, computadores, celulares etc.).
Os eletrônicos
possuem metais pesados altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, berílio e
chumbo, que liberados em um aterro podem contaminar o lençol freático e poluem
o ar se forem queimados.
Muitos desses componentes eletrônicos podem ser reciclados. Os minerais presentes neles, por exemplo, são aproveitados e isso diminui a pressão por mineração, uma atividade econômica com potencial para causar grande dano ao meio ambiente.
Muitos desses componentes eletrônicos podem ser reciclados. Os minerais presentes neles, por exemplo, são aproveitados e isso diminui a pressão por mineração, uma atividade econômica com potencial para causar grande dano ao meio ambiente.
Onde encontrar postos de reciclagem:
CEMPRE
E-lixo maps
Descarto Certo
Classificação de Resíduos de acordo com a norma ABNT 10.004 de 2004
Resíduos de Classe I – perigosos, os resíduos que requerem a maior atenção por parte do administrador, uma vez que os acidentes mais graves e de maior impacto ambiental são causados por eles. Podem ser condicionados, armazenados temporariamente, incinerados, ou dispostos em aterros sanitários estruturados para receber resíduos perigosos.
E-lixo maps
Descarto Certo
Classificação de Resíduos de acordo com a norma ABNT 10.004 de 2004
Resíduos de Classe I – perigosos, os resíduos que requerem a maior atenção por parte do administrador, uma vez que os acidentes mais graves e de maior impacto ambiental são causados por eles. Podem ser condicionados, armazenados temporariamente, incinerados, ou dispostos em aterros sanitários estruturados para receber resíduos perigosos.
Resíduos de Classe
II-A – não inertes, tal como os resíduos de Classe II-B, os resíduos de
Classe II-A podem ser dispostos em aterros sanitários ou reciclados. Mas devem
ser observados seus componentes (matérias orgânicas, papeis, vidros e metais),
a fim de que seja avaliado o potencial de reciclagem.
Resíduos de Classe
II-B – inertes, podem ser dispostos em aterros sanitários ou reciclados.
Fonte:
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